quem sou

Oncologia por quê?

Durante a faculdade de Medicina tinha interesse em ser cirurgião. E assim foi até o 5º ano do curso: meu interesse, meus estágios extracurriculares eram sempre voltados pra isso.  Já nessa época sabia fazer alguns procedimentos cirúrgicos: cesariana, drenar tórax, suturar de todo jeito, reduzir uma luxação, enfim…

Depois, isso foi perdendo o encanto e acabei me interessando pela clínica médica: tinha mais lógica, raciocínio, conteúdo.

Fiz, então, residência de clínica num hospital com forte tendência pra emergência. Era muita adrenalina todos os dias e muito puxado também!

Falava “nossa, não acredito que eu consegui fazer esse diagnóstico, fazer esse procedimento, como eu pensei nisso?” 

Era muito gratificante fazer aquilo sair do livro e se transformar em realidade.

Resultado: queria ser intensivista, trabalhar em UTI. E trabalhei nessa área por cerca de 9 anos.

Mas de novo, fui perdendo o gosto e de tanto ver pessoas com tumores nos prontos-socorros, fui abduzido pela oncologia.

Tinha tudo o quê eu gostava: raciocínio, lógica, adrenalina, emergência. No entanto, não era o tempo todo: mistura – uma hora de calmaria outra hora sufoco.

Graças às outras experiências consigo misturar tudo e isso influi muito nas minhas estratégias de tratamento: “Ele tá bem agora, mas essa cirurgia não parece está em ordem, essa insuficiência cardíaca não tá bem controlada, vai dá problema na quimio”.

Em resumo: “quem dera fosse só o câncer que a pessoa tem”.

Com os anos de profissão, fui percebendo outros detalhes que compõe todo esse cenário da oncologia: o ser pensante, os medos, os vícios, as incertezas que aquela pessoa que está na minha frente traz.

O que quero dizer é: – como pode a pessoa não perceber que sua própria teimosia, seu descuido, seus hábitos o fizeram estar aqui agora?

Nesse sentido, é  que vejo a psicologia, a hipnose, a terapia, a espiritualidade como grandes auxiliares para pessoas que enfrentam esses problemas.

E, com o perdão aos colegas, talvez, dentro da medicina, a oncologia seja a mais difícil das especialidades.

 

icone medico

Dr Raelson Miranda

Especialista em Oncologia
Clínica Médica

CRM-SP137040

RQE-80543

Habilidades em: Medicina de Emergência, Dor, Hipnose, Onco-genética e Cuidados Paliativos.

É oncologista clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. E atua em clínicas e hospitais particulares.

Médico oncologista clínico pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM). 

Título de Especialista em Oncologia Clínica e membro Titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica – SBOC/AMB.

Mestrado em Medicina Translacional, com ênfase em
com ênfase em biologia Molecular do câncer colorretal (Sequenciamento genético e High-Resolution meeting) em 2017. 

Já atuou como médico preceptor da Residência de Oncologia
Clínica – Hospital São Paulo (HU-Unifesp) no ambulatório de tumores gastrointestinais.

Foi observer-fellow nos setores de Tórax/Cabeça-pescoço e Mama do M.D. Anderson Cancer
Center (Houston, Tx, USA).